terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sérgio Sampaio - Meu único Pink Floyd (Por Helinho Moraes)


Essa é mais uma daquelas músicas do nosso querido "Maldito", que infelizmente, por uma maldade do destino, não tiveram a oportunidade de serem gravadas em sua voz. Essa música "Meu Único Pink Floyd", é interpretada por Helio Moraes Sampaio, conhecido, diga-se de passagem, muito conhecido aqui em Cachoeiro. Ele nada mais é do que irmão de Sérgio Sampaio, e segundo todos que os ouvem ou já ouviram tocar seu violão na praça ou na Barbearia Pastore, quando ela ainda era na cabeceira da Ponte Municipal, é o maior interprete de seu irmão.

Helinho passou uma barra muito grande após a morte de Sérgio se desiludiu da vida, mas ainda esbanja esse maravilhoso dom que tem de tocar e cantar. Andou como Hippie aqui na cidade, fazendo pulseirinhas de Tricô, lembro-me certa vez na Lanchonete Mutantes, que ele entrou lá nem para vender, mas para dar a pulseira para que quisesse, e aquele bando de playboys e pattys sem cultura o olharam como se fosse um lixo, sem ao menos, saber de quem se tratava. Juro que fiquei bastante chateado com isso. Graças a sabe lá o que, ele veio até a minha mesa e me ofereceu uma de suas pulseirinhas de Tricô com meu nome, sabendo quem era, aceitei e chamei ele para sentar na mesa e tomar uma Coca-cola, já que não queria um centavo sequer pela pulseira. Tenho ela guardada até hoje na minha caixinha de reliquias, assim como, minha primeira poesia visual, nas aulas que tive com Dedé Caiano (Jorge Moraes Sampaio), também irmão de Sérgio.

Para quem como eu, até segunda-feira não sabia do paradeiro do nosso querido Helinho, segundo um amigo, Sampaiófilo nato, Jairo Félix, hoje nosso Helinho tem residência fixa em Piúma, cidade do litoral sul do Espírito Santo (a aproximadamente 86 km de Vitória).

A única coisa que me deixa triste, é que essa música, assim como a última que encontrei, não achei a letra por nada.


Saudações Kavernistas e até a próxima.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sérgio Sampaio - Cantar Bonito


Gente essa música é umas das inéditas de Sérgio. Chama-se "Cantar Bonito". Não consegui encontrar a letra dela.

Ele nunca chegou a gravar oficialmente essa música, mas se você ler a biografia dele, ou entrar no site http://www.dicionariompb.com.br/sergio-sampaio/obra vai encontrar ela lá com a inscrição INÉDITA na frente.

Tem mais coisa para ser publicado aqui, mas vamos com calma né? Senão perde a graça.

Bom final de semana para todos e saudações Kavernistas.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Histórias e "causos" sobre Sérgio Sampaio. Visita de Raul a Cachoeiro I

Reza a lenda, que durante uma viagem do Rio de Janeiro com destino à Bahia, o nosso querido Raul Seixas, acompanhado de sua esposa (creio ser a Kika à época dos fatos, me corrijam nos comentários se estiver errado), ao passar pela BR-101/ES, viu a placa "Cachoeiro de Itapemirim a "X" quilometros, virou para a Kika e disse: "Vamos passar pela casa do Sérgio, já está tarde, e amanhã continuaremos a viagem.
Decisão tomada, partiram eles em seu fusca para a "Capital Secreta", chegando na cidade, Raul desce do carro e pergunta a um morador de rua onde era a casa de Sérgio. Este morador, chapado de cachaça, não entende nada do que Raul diz e, ao o ver todo maltrapilho (Hippie), levou ele para a casa de uma senhora que distribuia comida aos menos favorecidos. Ao ver que estava na fila, gritou espantada ao seu marido: "- João... O Raul Seixas está aqui".

Conhecidentemente, essa "Casa da Sopa" (se assim podemos chamar), era próxima a casa de Sérgio. Ao chegar, por já ser tarde (para o Maestro Raul, pai de Sérgio) ninguém mais poderia entrar em casa. Com isso Jorge Sampaio (Dedé Caiano) levou Raul para o "Bar do Auzilio" (lembra dele na música "Dona Maria de Lourdes), onde Raul, Dedé e Sérgio, ficaram tomando todas até de madrugada.

Mas Raul, tinha de viajar na manhã em poucas horas. Esse era o problema. Então, Dedé levou Raul para dormir em um quarto, juntamente com Kika.
Logo às 06 da manhã, Seu Raul (o Maestro), levantou, e como de costume abrindo todas as janelas e portas da casa. Ao abrir o quarto onde estavam Raul e Kika, ai começou o problema.

Maestro Raul Gonçalves Sampaio
O Maestro começou a esbravejar: "QUE POUCA VERGONHA É ESSA, MEU DEUS, QUE COISA, ESSA POCA VERGONHA", referindo-se ao fato de ter um casal dormindo junto em sua casa. Nisso, todos já tinham acordado, e Sérgio e Dedé tentavam interpelar dizendo "PAI, ESSE É RAUL SEIXAS!". E o Maestro não perdeu tempo e respondeu "QUE RAUL O QUE? O ÚNICO RAUL AQUI SOU EU!!!"

Vendo não ter mais jeito, Dedé corre com Raul Seixas para a varanda e dá uma solução: "Papai é Flamengo!". Raulzito acatou a idéia e procurou o Maestro e disse: "Sabe o que é Seu Raul, é que sou Flamenguista e amigo pessoal de Zico, estou indo para a Bahia, dar um pontapé inicial em um amitoso.

Estava falada a palavra mágica: FLAMENGO!!!

Na mesma hora o Maestro correu, abraçou Raulzito e disse: "Maria, alguém já deu café para esse rapaz...Por favor, vamos lá, tem um queijinho aqui que é uma beleza....


Salve Sérgio e suas histórias, o futebol e a música (as duas maiores paixões nacionais juntas numa história real).

Sérgio Sampaio - Nem assim


Mais uma em homenagem a Sampaiofíla, Maria Claro Mello, seja bem-vinda ao mundo do nosso querido "Maldito".

Nem Assim
Sérgio Sampaio

Você pode dizer o que quiser de mim que nada do que diga me fará voltar
Pode inventar mentiras e até publicar
Dizer q eu não sirvo mesmo pro amor
Que eu sou um narcisista e um mal compositor
Que se eu morrer agora ninguém vai chorar
Que os vicios da cidade toda estão em mim
enfim, que foi você quem em abandonou,
E por tantas razões que nem dá pra lembrar
E sem contar as vezes em que eu lhe bati
pode botar no rádio e na televisão
Não. . . nem assim
Nem assim. . .

você pode chorar no colo da mamãe
dizer pros seus irmaos o quanto eu fui ruim
Chamar toda a polícia para me prender
Chegar com advogado e ordem do juíz
Pode fazer comício nas praças do rio em nome da dignidade da mulher
Mostrar pra todo mundo as marcas que eu NÃO fiz
provadas no instituto médico legal
Pode botar meu nome no SPC
Dizer que eu não paguei as jóias que 'cê quis
Você pode dizer o que quiser de mim
Nem assim.
Nem assim.

Sergio Sampaio - Rosa Púrpura de Cubatão


Em homenagem, a minha amiga, a mais nova sampaiofíla.... Maria Claro Mello.

Rosa Púrpura Do Cubatão
Sérgio Sampaio

Ó, minha amargura, minha lágrima futura
Vai morrer a criatura que lhe amar
Dona do universo, pobre rima do meu verso
Tudo que eu quiser lhe peço sem ganhar
Minha noite escura, meu barulho de fritura
Minha Rosa Púrpura de Cubatão
Ó, primeira dama, o retrato de quem ama
É a cama, o lençol e o cobertor
Musa em que me inspiro e por isso mesmo viro
Alvo fácil pro seu tiro, charlatã
Chama em que me queimo
Confissão de amor que teimo em evitar... qual maçã
Conto-do-vigário, ilusão de operário
Hora extra de trabalho em construção civil
Ligação direta pra roubar minha bicicleta
A completa dedo-duro do patrão mais vil
Santa mentirosa, a mentira mais gostosa
Eu caí em sua prosa sem sentir
Mas se Deus é justo, você vai levar um susto
Quando for saber o custo de mentir
Fruta no caroço, overdose no pescoço
Acidente nuclear de Chernobyl
Grampo de escuta, dose dupla de cicuta
Você quer de mim somente amor servil
Tão bela menina que não passa da mais fina
E nebulosa filha desse miserê
Eu, de minha parte, já peguei meu estandarte
E vou sambar sem você


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sérgio Sampaio - Eu quero é botar meu bloco na rua




Eu quero é botar meu bloco na rua

Sérgio Sampaio
Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca
Que eu fugi da briga
Que eu cai do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou
Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa
Mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Ginga pra dar e vender
Eu por mim queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo
Um grilo menos nisso
É disso que eu preciso
Ou não é nada disso
Eu quero é todo mundo nesse carnaval
Eu quero é botar meu bloco na rua...
Há quem diga que eu dormi de touca...
Há quem diga que eu não sei de nada...
Eu quero é botar meu bloco na rua...

Cultura capixaba: Sérgio Sampaio. parte III

Em 1972, sua música "Eu quero é botar meu bloco na rua" participa do IV FIC, sua música é aclamada e particida do compacto do Festival, que vende 500 mil cópias (que era um número grande de vendas para aquela época).
A música, ao começar a ser executada, levantou o público no Maracanazinho, pois era em tom de desabafo e tinha um refrão empolgante.
Sua música torna-se um sucesso do carnaval de 73, e rende a Sérgio o "Troféu Imprensa", na Rede Globo, como "revelação de 72".
Ainda em 1973 lança o seu primeiro LP que levava o nome do seu maior sucesso até então.

Esse seu LP, foi lançado pela Philips, e apesar de suas constantes aparições em programas de TV e da constante execução da música "Cala a boca Zebedeu", de autoria de seu pai, o disco fracassa em vendas.
O LP, como podemos ver na foto, era um tanto quanto bizarra, mas tem lá suas explicações.
A parte de baixo, com fotos do cantor em rolos de filme, fazendo caretas, remetia a segunda faixa do lado A do disco "Filme de Terror".

Acho que por enquanto é isso. No próximo post tentarei falar sobre o pós-festival e o período de ostracismo vivido pelo "Maldito".

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Indicação de Música III: Raul Seixas - Tente Outra Vez




Tente Outra Vez


Raul Seixas

Composição: Raul Seixas / Marcelo Motta / Paulo Coelho


Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha em fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!...
Beba! (Beba!)
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
(Tente outra vez!)
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!...
Oh! Oh! Oh! Oh!
Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça agüenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!...
Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
(Gira!)
Bailando no ar
Uh! Uh! Uh!...
Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!
Humrum!...
Tente! (Tente!)
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida
Tente outra vez!...